Mesmo após nossa matéria, demonstrando que a cartilha do Ministério da Justiça, que estava disponível, inclusive, no site do Ministério Público Federal.
Comprovando que o Ministério da Justiça classificou a ‘nudez artística’ como ‘classificação livre’, tal como ocorre com a ‘nudez indígena’ e a ‘nudez cultural’, o Senado Federal aprovou a condução coercitiva do artista que realizou a performance no MAM, Wagner Schwartz, bem como do curador da mostra ‘Queermuseu‘.
CPI dos Maus-Tratos
Segundo divulgado pelo jornal O Globo em seu site, os Senadores aprovaram a condução coercitiva dos artistas, quando alguém é obrigado a comparecer, para darem explicações sobre os eventos, bem como serão questionados, segundo alguns Senadores, sobre o ECA.
A performance teve polêmica porque havia uma criança que assistia ao espetáculo e participou de uma das intervenções junto com a mãe, o artista estava nu; a mostra ‘Queermuseu‘ gerou polêmica porque algumas pessoas, ‘inflamadas’ por protestos do MBL, discordaram de seu conteúdo.
Segundo Senadores, como os artistas não responderam ao convite, serão ‘conduzidos por força policial’.
Outro lado: Senadores não conhecem as leis do país
As leis do país não proíbem a nudez, aliás, há diferença entre nudez que tenha conteúdo sexual e a nudez artística, cultural ou indígena, que, segundo cartilha do Ministério da Justiça, possuem classificação livre e podem ser vistas por pessoas de qualquer idade.
O Curador da mostra ‘Quermuseu’, Gaudêncio Fidélis, acredita que os Senadores querem ‘manipular eleitoralmente a polêmica’ e viu com estranheza a aprovação da ‘condução coercitiva’, e disse que não havia ‘recusado deliberadamente’ o convite anterior, já que havia habeas corpus em seu favor em julgamento.