O caçador de planetas da NASA, TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite), descobriu seu primeiro planeta do tamanho da Terra na zona habitável de sua estrela, anunciou a agência espacial.

Caso um tanto raro na imensidão do espaço

Cientistas da NASA confirmaram a descoberta usando o Telescópio Espacial Spitzer da NASA, e nomearam o planeta TOI 700 D. Cativante.

É um dos poucos planetas do tamanho da Terra descobertos na zona habitável de uma estrela – que a NASA define como “a faixa de distâncias onde as condições podem ser adequadas para permitir a presença de água líquida na superfície”.

Com outros incluindo vários planetas no sistema TRAPPIST-1, junto com alguns planetas descobertos pelo Telescópio Espacial Kepler da NASA.

Instrumento desenvolvido para encontrar “Terras”

Paul Hertz, diretor da divisão de astrofísica na sede da NASA em Washington, disse: “O TESS foi projetado e lançado especificamente para encontrar planetas do tamanho da Terra orbitando estrelas próximas”.

“Planetas ao redor de estrelas próximas são mais fáceis de acompanhar com telescópios maiores no espaço e na Terra”.

“A descoberta do TOI 700 d é uma descoberta científica chave para o TESS”.

Translação é 37x mais rápida que a da Terra

De acordo com a NASA, TOI 700 é uma ‘pequena e fria estrela anã M’ localizada a pouco mais de 100 anos-luz de distância, na constelação de Dorado ao sul, que tem cerca de 40% da massa e do tamanho do Sol e cerca de metade de sua temperatura superficial.

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O planeta mais interno, chamado TOI 700 b, é ‘provavelmente rochoso’, quase exatamente do mesmo tamanho da Terra e completa uma órbita a cada 10 dias.

Enquanto isso, TOI 700 c, o planeta do meio, é 2,6 vezes mais atrasado do que a Terra, é provável que seja um mundo “dominado por gás” e orbita a cada 16 dias.

Apenas metade do exoplaneta recebe luz

TOI 700 d, a última descoberta, é o planeta mais externo conhecido do sistema, e é o único que se encontra na zona habitável da estrela. Vinte por cento maior que a Terra, ele orbita a cada 37 dias e recebe de sua estrela 86 por cento da energia que o Sol fornece à Terra.

A NASA explicou: “Acredita-se que todos os planetas estejam presos às suas estrelas, o que significa que eles giram uma vez por órbita, de modo que um lado é constantemente banhado pela luz do dia”.

A estrela foi originalmente classificada incorretamente no banco de dados TESS como sendo mais semelhante ao nosso Sol, mas eventualmente o erro foi identificado.

Telescópio trouxe confirmações importantes

Uma equipe de cientistas então solicitou observações de acompanhamento com Spitzer para confirmar TOI 700 d, por sua vez aumentando sua confiança de que TOI 700 d é um planeta real, ao mesmo tempo que aprimorou suas medições de seu período orbital em 56 por cento e seu tamanho em 38 por cento .

Joseph Rodriguez, um astrônomo do Centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian que liderou a equipe, disse: “Dado o impacto desta descoberta – que é o primeiro planeta do tamanho da Terra numa zona habitável do TESS – realmente queríamos que nossa compreensão deste sistema fosse a mais concreta possível”.

“O Spitzer viu o trânsito do TOI 700 d exatamente quando esperávamos. É uma grande adição ao legado de uma missão que ajudou a confirmar dois dos planetas de TRAPPIST-1 e identificar mais cinco”.

Parecidos e muito diferentes

Embora as condições exatas do TOI 700 d ainda sejam desconhecidas, os cientistas serão capazes de usar todas as informações atuais que conhecem para gerar modelos de computador e fazer previsões.

Gabrielle Englemann-Suissa, assistente de pesquisa visitante da Associação de Pesquisas Espaciais de Universidades em Goddard, acrescentou: “Algum dia, quando tivermos espectros reais do TOI 700 d, poderemos retroceder, combiná-los com o espectro simulado mais próximo e depois combiná-lo com um modelo”.

“É emocionante porque não importa o que descobrirmos sobre o planeta, vai parecer completamente diferente do que temos aqui na Terra”.

Traduzido e adaptado por equipe Jovem Online
Fonte: Ladbible