MC Belinho, Pai da MC Melody Exagerou ou a Sociedade Tem Preconceito Contra o Funk? E Quanto aos Meninos do Funk?

Não se fala em outro assunto nas redes sociais quando o assunto é o Funk e o novo talento mirim, a MC Melody.
Já faz algum tempo que jovens talentos circulam na mídia brasileira, um dos exemplos de maior sucesso do passado recente é a dupla de irmãos Sandy e Júnior, que despontaram para o sucesso muito novos e chegaram a ter um programa exclusivo na TV Globo.

Porém, com a ascensão da Internet e o grande poder de divulgação, muitos artistas ou anônimos que se arriscaram em se lançar na Internet, puderam ver, em pouco tempo, a “explosão” de sucesso.

Foto: (divulgação/Internet)}

Ao mesmo tempo que jovens talentos faziam sucesso em programas de auditório na televisão, como é o caso de Maisa Silva, do SBT, outros começavam a trilhar a fama através da Internet.

Muitos ficavam encantados com o sucesso do jovem Luan Santana, que rapidamente no início da carreira teve vídeos divulgados e muitos compartilhados no YouTube.

Porém, a Internet também passou a ser responsável por mudanças na sociedade, trazendo diversas outras formas de cultura, menos populares. Daí porque o Funk Carioca ganhar tanto destaque na cena nacional e logo ser “substituído” por uma nova versão, o Funk Ostentação Paulista.

Assim vieram também o sucesso dos jovens talentos “mirins”, primeiro adolescentes cantando funk e até mesmo crianças, como é o caso da MC Melody.

Foto: (divulgação/Internet)

É não é o funk o único estilo musical que tem o poder da “sensualização” ou o duplo sentido, pois são visíveis também em axé, samba, pagode. Quem não se lembra da fomosa “Boquinha da Garrafa”?(sucesso constante nos programas da TV Globo e SBT), do grupo “É o Tchan”, imensamente copiado pelas crianças em todo o Brasil, na época.

É óbvio que muitas vezes o Funk é usado como erotização, principalmente através do famoso “Funk Proibidão”.

Porém, é fácil observar também que a Internet deu voz a pessoas “desavisadas”, que tentam impor seus pontos de vista (o que é bom para a democracia), porém com pouquíssima informação de fato.

Daí porque acusarem um cantor de fazer apologia ao crime com uma obra musical, mas não acusarem um cineasta de fazer apologia ao crime com uma cena de assassinato, (é importante distinguir, autor, narrador, interprete, contexto e uma série de outros fatores que, a “olho nu”, não se percebe por aí).

Surge então um grande dilema: E as crianças? Como proibir o contato direto com o funk em um mundo cada vez mais individualizado, tecnológico e com altíssimo poder de propagação da informação? E principalmente, como entendê-las nesse contexto?

O caso de MC Melody não é um caso simples. Em muitos vídeos (na maioria) as músicas têm um contexto comum aos demais contextos do novo “pop” nacional, porém, em outros, há um exagero que, devido à exposição da mídia, poderia sim, ser prejudicial para a criança.

Porém, os comentários em redes sociais, vídeos no YouTube, abaixo assinado para que o pai perdesse a guarda da menina e diversas ofensas na Internet parecem bem mais graves do que uma solução real do problema.

Em entrevista recente, o pai de MC Melody falou sobre mudança no estilo das gravações e uma melhor consciência para que não haja uma excesso da tal “possível erotização”, conforme deixado transparecer. O que já é de bom tamanho.

Quando sites noticiam a possível “prisão” do pai da menina, segundo especialistas, falam sem qualquer embasamento legal. Porém cabe sim, ao ministério público acompanhar as normas relativas aos direitos da criança, o que já será feito, em conjunto com o conselho tutelar.

Com relação a trabalho, ora, deixem a menina cantar, pois é o que ela faz muito bem, desde que o pai (os responsáveis), tenham o devido cuidado e saibam realmente transmitir o principal, uma boa educação com consciência, sabendo que ela não é adolescente e deve estar também inserida no universo dela.

Já a sociedade, que critica às vezes os adolescentes do funk como MC Pedrinho (recentemente proibido de fazer um show a pedido do Ministério Público) ou MC Brinquedo, dentre outros, mas acaba vendo como “natural” ou ainda um menino da idade da MC Melody, que dançava o tal do “Rebolation” no Programa Silvio Santos no domingo, 26, (uma dança sugestiva), que jamais seria atacado. Porque?

Seria mais importante contribuir para uma nova visão?

Confira o novo vídeo de MC Melody e seu Paui, MC Belinho: (como um pedido de desculpas)

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